quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O PASSADO COM FHC E O FUTURO COM AÉCIO

                O brasileiro é sabidamente um povo de pouca memória, sobretudo memória política, vítima que é a massificação pela mídia, do pensamento único, da indignação seletiva de intelectuais anódinos das grandes corporações e imprensa e da sanha do mercado. Muitos hoje confundem o que chamam de mudança (votando em Aécio) com um perigoso retrocesso. Basta lembrarmos, usando de manchetes de jornais da época (hoje comprometidos com a Jihad tucana anti-PT como se davam questões que hoje são alvos de ataque quando do governo tucano. A fonte é das manchetes abaixo (com fotos) é o blog carta maior Cabe, a quem duvidar, a prova contrária dos fatos ora aduzidos.
                Vale ressaltar que Fernando Henrique Cardoso voltou a ser o principal garoto propaganda da campanha de Aécio Neves, depois de sua malfadada tentativa de aproximação com Marina Silva. Espero que os eleitores de Aécio, que até agora não mostraram propostas nem mesmo motivo reais e racionais para votar nele, sem recorrer à truculência típica da direita ou ao surrado “tirar essa gente de lá” ou ao idiota “nossa, você é tão inteligente e vota neles...” ou ao ódio aos mais pobres que, pela primeira vez na história, experimentaram um pouco de dignidade, tenham a capacidade de ler até o final.
                Ao contrário do que pensa o ‘príncipe dos sociólogos’, quem vota em Dilma não é burro, muito ao contrário. São os únicos que sabem o que realmente está acontecendo e, pior, o que está para acontecer. Aqui estamos diante de dados e fatos e não de discursos vazios, fórmulas “mágicas” ou ameaças mentirosas e irresponsáveis.
                A Folha de São Paulo de 29 de maio de 2002 anunciou em letras garrafais que o Brasil era o segundo país do mundo em desemprego. A culpa, segundo analistas ouvidos pelo jornal, era da política econômica irresponsável, taxas de juros exorbitantes e as nefastas privatizações. Hoje, sem políticas privatistas, juros controlados e política econômica segura, temos o chamado ‘pleno emprego’. Os governos de Lula e Dilma criaram mais de vinte milhões de postos de trabalho.
                A mesma Folha estampou em 30 de agosto de 2002 que FHC conseguiu a façanha de dobra a dívida pública brasileira em apenas sete anos, passando de 30 para 61% do PIB. Tal acrobacia, além de quebrar o país, só beneficia o rentismo, representado por especuladores que em nada servem para a produção, o crescimento ou desenvolvimento do Brasil. Lula corrigiu o déficit e recuou a dívida para 35% do PIB.
                Em 03 de abril de 2002, ainda na Folha, tivemos a triste notícia de que os salários em São Paulo (reduto em que Aécio nadou de braçada) teve perda de 18,8% apenas na década de 1990. Baixos salários é uma das marcas da política econômica que Aécio pretende reimplantar. Salários dignos não fazem parte dessa política, muito menos redistribuição de renda.
                Até mesmo o comprometido O Globo, pasmem, trouxe como manchete principal em sua capa do dia 29 de novembro de 2002: “Inflação de novembro fica em 5,19%, a maior do Real.” Isso só em um mês! Incrivelmente, uma das insistências do mal informado candidato Aécio Neves, com sua pose de falsa virgem, é que agora a inflação está “sem controle”, mesmo estando dentro da meta.
                Outro incansável mantra da campanha tucana é o da corrupção, variando entre o mensalão e Petrobras, como se fossem os únicos casos desse câncer que contamina o Estado brasileiro. Denúncia da Folha de São Paulo de 13 de maio de 1997 mostra a confissão de um deputado que afirmou ter recebido duzentos mil reais para votar a favor da reeleição de FHC. E sem a pressão da delação premiada. Estima-se que o número de “agraciados chegou à casa dos cento e cinquenta.
                Tudo isso sem falar que o tucanato falseou a paternidade do Plano Real, quebrou o país três vezes, virou refém do FMI, passou por um apagão energético, o dólar chegou perto dos R$4,00... Podemos mesmo chamar Aécio e FHC de mudança ou está claro o perigoso retrocesso? Pensem bem e vejam quem está enganando o povo brasileiro e quem, de fato, é mal informado.

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