O brasileiro é sabidamente um
povo de pouca memória, sobretudo memória política, vítima que é a massificação
pela mídia, do pensamento único, da indignação seletiva de intelectuais
anódinos das grandes corporações e imprensa e da sanha do mercado. Muitos hoje
confundem o que chamam de mudança (votando em Aécio) com um perigoso
retrocesso. Basta lembrarmos, usando de manchetes de jornais da época (hoje
comprometidos com a Jihad tucana anti-PT como se davam questões que hoje são
alvos de ataque quando do governo tucano. A fonte é das manchetes abaixo (com
fotos) é o blog carta maior Cabe, a quem duvidar, a prova contrária dos fatos
ora aduzidos.
Vale
ressaltar que Fernando Henrique Cardoso voltou a ser o principal garoto
propaganda da campanha de Aécio Neves, depois de sua malfadada tentativa de
aproximação com Marina Silva. Espero que os eleitores de Aécio, que até agora
não mostraram propostas nem mesmo motivo reais e racionais para votar nele, sem
recorrer à truculência típica da direita ou ao surrado “tirar essa gente de lá”
ou ao idiota “nossa, você é tão inteligente e vota neles...” ou ao ódio aos
mais pobres que, pela primeira vez na história, experimentaram um pouco de
dignidade, tenham a capacidade de ler até o final.
Ao
contrário do que pensa o ‘príncipe dos sociólogos’, quem vota em Dilma não é
burro, muito ao contrário. São os únicos que sabem o que realmente está
acontecendo e, pior, o que está para acontecer. Aqui estamos diante de dados e
fatos e não de discursos vazios, fórmulas “mágicas” ou ameaças mentirosas e
irresponsáveis.
A
Folha de São Paulo de 29 de maio de 2002 anunciou em letras garrafais que o
Brasil era o segundo país do mundo em desemprego. A culpa, segundo analistas
ouvidos pelo jornal, era da política econômica irresponsável, taxas de juros
exorbitantes e as nefastas privatizações. Hoje, sem políticas privatistas,
juros controlados e política econômica segura, temos o chamado ‘pleno emprego’.
Os governos de Lula e Dilma criaram mais de vinte milhões de postos de trabalho.
A
mesma Folha estampou em 30 de agosto de 2002 que FHC conseguiu a façanha de
dobra a dívida pública brasileira em apenas sete anos, passando de 30 para 61%
do PIB. Tal acrobacia, além de quebrar o país, só beneficia o rentismo,
representado por especuladores que em nada servem para a produção, o
crescimento ou desenvolvimento do Brasil. Lula corrigiu o déficit e recuou a
dívida para 35% do PIB.
Em
03 de abril de 2002, ainda na Folha, tivemos a triste notícia de que os salários
em São Paulo (reduto em que Aécio nadou de braçada) teve perda de 18,8% apenas
na década de 1990. Baixos salários é uma das marcas da política econômica que
Aécio pretende reimplantar. Salários dignos não fazem parte dessa política,
muito menos redistribuição de renda.
Até
mesmo o comprometido O Globo, pasmem, trouxe como manchete principal em sua
capa do dia 29 de novembro de 2002: “Inflação de novembro fica em 5,19%, a
maior do Real.” Isso só em um mês! Incrivelmente, uma das insistências do mal
informado candidato Aécio Neves, com sua pose de falsa virgem, é que agora a
inflação está “sem controle”, mesmo estando dentro da meta.
Outro
incansável mantra da campanha tucana é o da corrupção, variando entre o
mensalão e Petrobras, como se fossem os únicos casos desse câncer que contamina
o Estado brasileiro. Denúncia da Folha de São Paulo de 13 de maio de 1997
mostra a confissão de um deputado que afirmou ter recebido duzentos mil reais
para votar a favor da reeleição de FHC. E sem a pressão da delação premiada.
Estima-se que o número de “agraciados chegou à casa dos cento e cinquenta.
Tudo isso sem falar que o
tucanato falseou a paternidade do Plano Real, quebrou o país três vezes, virou
refém do FMI, passou por um apagão energético, o dólar chegou perto dos
R$4,00... Podemos mesmo chamar Aécio e FHC de mudança ou está claro o perigoso
retrocesso? Pensem bem e vejam quem está enganando o povo brasileiro e quem, de
fato, é mal informado.
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