quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

QUEM É O PAPA?

               Outro dia minha mãe me perguntou o que eu achava da renúncia do Papa. Minha resposta foi imediata: Quem é o Papa? À primeira vista pode parecer uma resposta imbecil já que no país com o maior número de católicos do mundo, como eles adoram alardear, mas esquecem de se preocupar, todos sabem quem é o Papa.
                O que eu quis dizer, no entanto, é que pra mim o supremo sacerdote da igreja católica não tem qualquer significado ou importância, muito ao contrário Ou é uma figura política mundial, como até o Hugo Chavez é ou é o líder máximo de uma religião assim como o Edir Macedo.
                Por mais “progressista” que seja o sumo pontífice, nunca deixará de ser conservador ou mesmo reacionário, qualidades que eu repilo. Este último então, senhor Joseph Ratzinger, chegou a fazer parte da chamada ‘Juventude Hitlerista’ movimento que atraía jovens simpatizantes do nazismo. Difícil justificar. Todos, repito: todos se furtam em discutir temas já consolidados em nossa sociedade como o uso da camisinha ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, por exemplo, sem qualquer explicação ou se valendo de dogmas ultrapassados ou argumentos de autoridade. E ainda são coniventes com condutas ilícitas de suas fileiras.
                Minha birra com a igreja católica vem de longe, ou volta longe, pois sempre me faz recordar da inquisição, período negro da história da civilização, que atrasou o progresso científico de maneira incalculável, em nome sabe-se lá de quê. Lembro ainda que fui expulso já na primeira aula de catecismo. Para o meu bem. Ah, fui a Roma e não vi o Papa, obviamente.
                Agora nos vemos diante de mais um daqueles escândalos envolvendo padres e menores, desses que a igreja adora encobrir, o que também é absolutamente lamentável.  Um padre carioca mantinha um relacionamento com uma menor, de quinze anos. O escândalo é corriqueiro, infelizmente, o que causa espécie é se tratar de uma mulher dessa vez. Mas o advogado do padre justificou a atitude: “a carne é fraca”... A igreja certamente também achará uma justificativa. Já que a carne dos padres é fraca, melhor não cortá-las, pois seria a da própria igreja.
                Ora, mais uma vez parecem estar querendo botar a culpa na vítima e expiar o pecador. Aquele que deveria servir de exemplo, pelo menos para os seus fiéis, tem a carne mais fraca que a deles. Pena que os olhos da igreja católica e da imprensa estejam voltados para a renúncia do atual Papa e para a especulação de seu sucessor. Vamos aguardar a fumaça branca com os resultados... mas certamente tudo isso se repetirá.