O Hotel Copacabana Palace,
inaugurado no Rio de Janeiro, na praia que lhe dá nome, na década de 1920 é o
hotel mais famoso da América Latina e um dos mais famosos do mundo. Já recebeu
em seus cômodos ícones mundiais como Mick Jagger, Walt Disney, Santos Dumont,
José Saramago, Princesa Diana e inúmeros outros. Já foi cenário de filme, de
show e de incontáveis encontros. Foi erguido pela tradicional família Guinle e
recentemente vendido a uma rede internacional de hotéis.
O
local representa uma das (mais belas) imagens do Rio de Janeiro e do Brasil no
exterior. Sinônimo de glamour e sofisticação, inspirado nos melhores hotéis do
planeta, o Copa, como é conhecido, sempre se destacou tanto na paisagem quanto
na alma do bairro, da cidade e do país, sempre impressionando por sua grandeza,
arquitetura e estilo próprios, acalentando sonhos e angariando admiradores.
O
signatário sempre foi um desses e sempre conservou uma imensa vontade de
usufruir de seu espaço mesmo que por um curto tempo. Com efeito, decidiu na
semana passada, já que estaria no Rio de Janeiro, cometer a extravagância de
passar ao menos uma noite no Copacabana Palace, muito bem acompanhado,
anote-se. E não houve qualquer decepção, muito ao contrário. Vale mesmo o
quanto pesa, ou melhor, nesse caso, o quanto cobra.
Desde
a chegada à belíssima entrada, passando pelo suntuoso hall até se alcançar a
recepção onde o tratamento incomum já mostra a qualidade superior do lugar e a
distnção que dá a seus hóspedes. São dois prédios em estilo clássico (principal
e anexo) e uma esplêndida piscina aquecida cercada por três restaurantes com
diferentes especialidades. Há ainda um spa completo. Na praia em frente é
oferecido serviço de guarda-sol, espreguiçadeiras e segurança.
Os
quartos são impressionantes e até difíceis de descrever, aliando extremo luxo e
conforto a uma incrível beleza e a uma gratificante funcionalidade, desde os
mais simples (se é possível se chamar assim) até os mais luxuosos, como a suíte
presidencial com mais de 100 m2 e uma vista deslumbrante. Lamentavelmente,
devido ao horário do voo para Cacoal, não foi possível degustar o café da
manhã.
Há
coisas que se deve fazer ao menos uma vez na vida. Hospedar-se no Copacabana
Palace é uma delas. As lembranças são um verdadeiro legado para se guardar para
sempre.
CUSPIDA NA CARA: Não satisfeita
com a humilhante derrota por 7x1 para a Alemanha, a indefinível cúpula da CBF
reconduziu o nervosinho e incompetente Dunga ao cargo de técnico da seleção
brasileira. É cuspir na cara e na inteligência do povo, mostrar que não estão
nem aí e que o que vale é o interesse da ‘paneinha’.
Até as pedras da calçada do prédio da entidade
já haviam percebido que era a hora de se experimentar um treinador estrangeiro
e que era óbvia a necessidade de reformulação geral do futebol nacional. Mas trazer de volta alguém que já provou sua
incapacidade, mostra por onde e para onde vai o esporte do qual um dia já fomos
o país. Mostra também que não aprenderam nada com a acachapante goleada.
VITÓRIA EM CRISTO: Foi revogada,
felizmente, a desprezível e injustificável proibição da Arquidiocese do Rio de
Janeiro em autorizar a exibição da imagem do Cristo Redentor do Corcovado em um
filme. Além da censura pura e descabida, traz à discussão o fato da estátua do Cristo
“pertencer” à igreja católica local.
O
monumento foi eleito como uma das maravilhas do mundo moderno e é um símbolo
não só da cidade do Rio de Janeiro, mas também do Brasil. E limitar a
divulgação da imagem da estátua ao que a Cúria entenda “apropriado” é retirar
dos verdadeiros donos, o povo brasileiro, a possibilidade de se deleitar com
sua exposição.
É
bom que também se ressalte que o Cristo do Corcovado possui uma imagem própria,
a “abraçar” os cariocas e os turistas que visitam a cidade. Não tem aquela
imagem usada e explorada pela igreja (que pode ficar pra ela) de um ser humano
açoitado, em frangalhos, pendurado em uma cruz, que, particularmente, não me
agrada em nada. O Cristo do Rio é a cara da cidade, acolhedor, suave, simpático
e não pode ficar nas mãos de meia dúzia de religiosos.
HOMO SAPIENS: “mesmo sendo de esquerda, dá pra apreciar a
arte de viver da direita”. Jean-Paul Sartre, filósofo francês, após se
hospedar no Copacabana Palace.
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